O gigante de pedra do PETAR
- Guilherme Dosvaldo
- 5 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de mai. de 2024
Se tem algo que é de tirar o fôlego é a vista para a maior abertura de cavernas do nosso planeta, popularmente conhecido como "Casa de Pedras", o formato em pórtico possui cerca de duzentos e quinze metros de altura que é o equivalente a um prédio de quarenta e oito andares, este monumento natural está localizado no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) no município de Iporanga em SP e pode ser acessado por alguns caminhos da região, sempre com a presença obrigatória de um monitor ambiental devidamente cadastrado pelo parque.
Para os aventureiros de plantão que gostam de sofrer uns perrengues, existe uma trilha de aproximadamente treze quilômetros (ida e volta) com várias horas de caminhada e de um desnível significativo que atravessa uma das regiões mais preservadas de Mata Atlântica do Brasil, enquanto caminhamos somos contemplados por um verdadeiro banho de floresta, cada passo em suas matas encontramos com uma riqueza de espécies de plantas e animais, parece que cada centímetro quadrado de área do chão existe um universo borbulhando de vida e essa riqueza e energia nos revigora de força e determinação para vencer os obstáculos do caminho que leva a entrada da Casa de Pedras.

Após longas e duras horas de caminhada, em uma das curvas do trajeto, somos incrivelmente surpreendidos por um gigante de pedras, o assombro inicial foi lentamente se transformando em contemplação e nos invadiu com um sentimento de pequenez, a insignificância perante a grandiosidade da natureza é tanta que nos sentimos como uma formiga, essa primeira vista para o pórtico impressionou e nos motivou ainda mais para seguir a jornada e com cada passo percorrido o gigante ficava mais próximo e por fim chegamos até as margens de um rio onde paramos para tomar um ar e tirar algumas fotos.

Após o merecido descanso que durou pouco tempo, recarregamos nossas energias e partimos para atravessar o perigoso rio que parecia ser o último obstáculo para a conquista, mas ao travessar chegamos no que aparentava ser o sopé de uma montanha, era bem alto e irregular e como estávamos já cansados e teríamos em mente que o caminho da volta seria longo, resgatamos nossas forças e escalamos o último trecho até chegar a boca do gigante e da entrada tivemos uma vista surreal para a natureza impressionante do local, de tirar o fôlego.
O tempo parecia passar lentamente e fomos surpreendidos pela beleza e magnitude do local, tamanho era sua altura que as águas que percorriam o teto caiam no abismo e muitas vezes eram carregadas pela corrente de ar que saia dos pulmões da caverna, o caminho não é nada fácil, até para a água, a artista responsável por esculpir na rocha calcária e formar a caverna e por fim voltamos exaustos e com um sentimento de alegria no peito de ter conhecido um pedacinho do Brasil. Gigante pela própria natureza.
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